Fiscal de parquímetro auxilia vítima de mal súbito em Santa Maria

A última quarta-feira poderia ter sido mais uma manhã de trabalho para Flavia de Lima Biscaro, 29 anos. Fiscal de parquímetro de Santa Maria há cerca de nove meses, ela não imaginava que, durante a rotina pelas ruas da cidade, poderia ajudar a salvar a vida de uma pessoa

Por volta das 10h30min, enquanto andava pela Avenida Rio Branco, na esquina com a Rua Silva Jardim, no Centro, ela avistou um tumulto do outro lado da rua. Ao chegar no local, percebeu que um homem havia passado mal e estava caído na via. Não havia ninguém com conhecimento dos procedimentos de primeiros socorros para auxiliar a vítima que, em seguida, ficou inconsciente. Foi então que Flavia decidiu agir.

Formada no curso de bombeiro civil na turma de dezembro de 2018, ela ainda não havia passado por uma situação real. 

- Fiquei nervosa, no início, mas em seguida já me acalmei para poder ajudá-lo. Quando eu percebi que ele havia desmaiado, comecei a fazer massagem cardíaca, e outras pessoas foram ligando para os bombeiros e para o Samu. Fiquei com ele até que a equipe chegou para poder encaminhá-lo para atendimento médico - contou Flavia.

Para Flavia, o ocorrido foi uma oportunidade para que ela tivesse certeza de que tomou a decisão certa ao optar pelo curso e poder ajudar as pessoas. Agora, ela afirma que vai focar os esforços em especializações na área de bombeiro civil.

- Eu entrei no curso porque queria mudar de área. Como é uma profissão relativamente nova, decidi fazer. Foram seis meses e, ao longo do período de estudos, fui tento cada vez mais certeza de que era isso que eu queria fazer. Já estou pensando em me especializar. Apesar da ocasião, valeu a pena a experiência - disse.

Logo após o atendimento feito por Flavia, o homem foi encaminhado para atendimento médico por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).

De acordo com a mãe do homem de 55 anos, Ivone Severo, ele foi diagnosticado com epilepsia há algum tempo. Carlos Jesus Severo Rodrigues, 55 anos, foi medicado na UPA e deu alta na quinta-feira. 

_ Eu estava caminhando sozinho e lembro que me deu um tontura muito forte. Fiquei contente que fui socorrido pela moça antes do Samu chegar _ contou Carlos.